segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Esquizofrenia vezes Quatro



Só queria um cigarro.
Não sei se saio agora atrás de um fornecedor, ou se banco o idiota escrevendo este texto.
Tentei ligar para um amigo agora. Um amigo que, mesmo que não me entenda, gosta (será?) de ouvir minhas noíces. Sabe o porquê deu não parar de pensar naquele garoto? Pelo fato de que ele foi um passo importante na minha vida, e as conseqüências e morais da história ainda estão sendo digeridas por mim. Acho que encontrei o porquê de todos esses meus desencontros da vida e de todas as vontades assassinas. A crítica. Sim, meu amigo, a filosofia, essa maldita. Ela está me deixando louco! Esse criticar as pessoas e coisas e amigos e namorados, essa história de me criticar, tudo isso está a me deixar maluco. Mais uma vez, a teoria de que os ignorantes são mais felizes e de que conhecimento é bomba acesa na mão está sendo provada.
Eu quero ser especial, sabe. Lembro que quando criança pegava-me querendo adoecer.  E me perguntava o porquê. Eu sabia, mas não me permitia pensar nisso.  Eu queria atenção, e é esse meu mote de vida. Quero brilhar mais que sutiã de puta, ser lembrado mais que o pai-nosso (ou o pai nosso); quero ser onipresente mais que o Big Brother, ser rico mais que corrupto.
Porém, há um problema enorme no meio das minhas vontades: uma pára-vontade.  Na verdade, sou idiota. Sim. Além de ambicioso, além de querer tudo mencionado, quero fazer o bem. Fazer coisas boas, ser feliz com um monte de ONG’s e ter filhos importados da África.
Cheguei a mais uma crítica conclusiva: Ainda sou adolescente. Mas... as coisas estão tão diferentes de como eram. Eu estou... forte. Estou mais confiante na vida “paresque”. Sinto-me muito vivo e espero a hora certa para fazer as coisas, mas as farei, com certeza. Tenho uma enorme esperança que me deixa puro, e faz com que eu esqueça todas as minhas vontades capitalistas. Envia-me para o meu melhor sistema: o carpe dien. Vejo árvores, rios, eu em uma bicicleta. Vejo vento. Ou melhor: sinto o vento. Mas agora estou sufocado. Sem o vento. Na verdade, sem o ar.
Logo desmaio. É o cigarro. Não, é a falta de esperança. Não, é a falta de dinheiro. Não, é a falta de fé. Não, é a falta de ignorância.
Não!
É a falta, e só ela.

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