quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

05_01_2012

DEZENOVE ANOS. Mesmas manias para escrever: colocar uma música no fone, bem alto e sentir.
O mesmo 7teen, mas com marcas do tempo vivido. Hoje conheço muito mais que quando comecei a escrever aqui, do mundo e de mim. Conheço novas pessoas, belas e que  precisam ser bem cuidadas, mas não totalmente confiáveis, até agora não. Conheço novos saberes e línguas (conotações a gosto), conheço novos lugares. Conheço a fórmula perfeita para viver, e espero continuar assim. 
Porém, há algo em mim que me dá medo. Parece que crescer tem um quê de aceitação do mundo que me deixa de olhos bem abertos. E assim, minha família, amigos e contatos da internet insistem para que eu aceite esse mundo, excluindo todo e qualquer mundo possível imaginado por mim. Lembro que aos quatorze anos, meus amigos eram meus parceiros de batalha, estávamos sempre juntos. E enfrentava minha mãe quando ela dizia para que eu pensasse antes de me relacionar com eles; aprender a viver com a homossexualidade é um desafio e tanto para qualquer aluno do conservadorismo. E eu a enfrentava, mesmo não tendo argumentos racionais bem elaborados e nem coragem. Hoje, olho meus "atuais" amigos, e eles me fazem rir, apenas. Aquela sensação de bem estar acaba quando nos deparamos com problemões daqueles. Nem intimidade, nem compaixão existe para ajudar o amigo necessitado, nem o amigo necessitado se sente confortável em receber conselhos, hoje, entendido por mim como instruções.
Amigos de verdade significam mais. É quando ele te olha e por mais que ele faça qualquer outra expressão, os olhos dele dizem "que bom é te ver aqui", "que bom que eu posso estar aqui ao teu lado" e "eu quero te abraçar para sentires o quanto eu te amo, velho". Amigo é quando você se  apaixona. Sexo é apenas uma necessidade humana, e isso você encontra em qualquer  idiota bem vivido.
Eu sinto falta de amigos. Venham aqui em casa qualquer dia desses. Blz?

Nenhum comentário:

Postar um comentário